No último post da série falamos sobre John Wayne Gacy Jr.,
um homem que se vestia de palhaço para sequestrar crianças e mata-las
em sua casa. Hoje falaremos sobre um monstro que matou quem mais amava:
John List
Nascido
em uma família religiosa e super protetora, John Emil List viveu sua
infância no fim da década de 20. Sua mãe não o deixava ir a rua brincar,
temendo que ele se sujasse ou mesmo se machucasse. O menino lia a Bíblia todos os dias com ela e era mal tratado pelo pai.
John participou da Segunda Guerra Mundial, porém jamais foi a luta realmente, nessa mesma época seu pai faleceu, porém ele se quer derramou uma lágrima.
Após
se formar na faculdade, List conhece Helena uma mãe viúva, mas apesar
disso ele gostou dela de
verdade e os dois acabaram por se casar logo.
Rapidamente conseguiram uma boa vida e graças ao ótimo emprego de John,
puderam comprar uma bela casa e manter os três filhos que tiveram de
maneira bastante estável.
Contudo
a boa vida não durou muito e John foi demitido, dessa maneira começou a
se endividar, sem nunca conseguir se manter em um empregou ou ganhar
tão bem quanto ganhava. Em pouco tempo a família estava totalmente
endividada e mal conseguia pôr o que comer na mesa.
Com
essa situação John começou mentir, saindo de casa todos os dias como se
fosse trabalhar, mas passava o tempo todo em uma estação de trem, pois
tinha vergonha de sua família. Vendo isso, John resolveu bolar um plano
para mudar de vida, mas para isso certas coisas tinham de serem feitas…
Anatomia de um assassinato
O
ano era 1971, o dia era 5 de novembro, quando John, sentou com seus
filhos na mesa da cozinha e perguntou a eles, como se fosse algo
bastante comum:
- Quando morrerem, preferem ser cremados ou enterrados?
A resposta das crianças foi que preferiam serem enterrados. Sem mais nada para dizer, List levantou-se e saiu de casa.
Quatro
dias após, John acordou e sentou-se a mesa para tomar café com sua
família. Parecia ser uma manhã normal, os filhos dele saíram antes das
oito para escola, ficando na casa apenas ele, sua esposa e sua mãe, uma senhora de 84 anos.
Calmamente
John foi até sua garagem, onde ele guardava uma 22 e uma pistola 9mm,
armas que trouxera da guerra. Com grande habilidade ele as checou e as
deixou preparadas. Caminhando lentamente, sem fazer nenhum barulho,
chegou bem próximo à cadeira de sua esposa e ergueu vagarosamente o
braço que carregava a arma.
Quando a arma estava apontada para a cabeça de sua mulher,
John puxou o gatilho e pedaços do cérebro de Helena se espalharam sobre
a mesa e o pão, criando uma cena horrível e sanguinária.
Como
se nada estivesse acontecendo, John andou até o lugar onde estava sua
mãe, olhou a velha nos olhos e mirou sua arma, bem no meio do rosto da
coitada, que tremia e implorava por sua vida. Mas ele estava decidido e
num impulso macabro disparou à arma, acertando o olho esquerdo a mulher,
que caiu morta.
List
rapidamente pegou panos, água e alguns produtos de limpeza e arrumou
toda a casa, deixando-a limpa e apagando todas as evidências do crime
macabro que cometera. E ainda achou tempo para deixar um bilhete que
dizia: “Minha mão é muita pesada, então a deixei no closet.”
Depois
disso, John saiu de casa com sua melhor roupa para resolver algumas
coisas, sacou dinheiro, passou na escola das crianças para avisar que
eles não iriam por uns tempos. Quando chega a casa, ele comeu alguma
coisa, limpou a louça e sentou, esperando suas próximas vítimas.
Os
primeiros a chegarem em casa são Patricia e Frederick, 16 e 13 anos
respectivamente. Tudo aparentava estar normal e os dois sentaram-se para
comer, porém mal sabiam que era sua última refeição da vida.
Antes
que os dois percebessem, John se aproximou por suas costas e disparou
sua arma, matando um de cada vez, mas de maneira bastante rápida e
eficiente. Agora só faltava o um filho, o último que teria o cérebro
espalhado pela casa com uma bala na cabeça.
Quando
John Jr. entrou, List esperou ele sentar-se, pois queria fazer a mesma
jogada contra ele, porém dessa vez o rapaz reagiu e os dois brigaram,
contudo no fim o pai venceu e de raiva, disparou dez vezes contra o
menino no chão.
Após isso, ele vai ao quarto e passa mal,
vomitando por todo o chão, mas logo se recupera, escreve uma carta
contando tudo e dizendo que Deus o perdoaria, pois tinha feito à coisa certa naquele momento.
Depois
disso John sumiu e a Polícia jamais encontrou nenhuma pista dele,
apenas um caixa de correspondência onde ele recebia pornografia e coisas
do gênero. Com o tempo ele tornou-se apenas uma memória macabra na vida
da pacata cidade, que havia ficado dez anos sem ver um crime de
homicídio e agora convivia com um assassinato diabólico.
Assassino encurralado
Dezoito
anos se passaram, sem jamais John List ser encontrado, tanto que seu
caso foi fechado e a Polícia nem pensava mais nisso. Porém o programa
America’s Most Wanted (mais ou menos um Linha Direta americano) resolveu
apresentar o caso certo dia.
Para isso pediram que um artista,
junto com o uso de tecnologia, fizesse um busto do procurado, como ele
estaria na data do programa, afinal as fotos eram velhas, o que iria
dificultar a identificação. Para sorte, o busto ficou perfeito e rapidamente centenas de pessoas ligaram denunciando o assassino:
John List a esquerda, busto a direita
John
foi preso, sobre o nome de Robert Peter Clark, como era chamado por sua
nova esposa, que o defendeu dizendo ser um homem decente e crente na
lei de Deus. Ele até tentou negar tudo, mas depois de um tempo confessou as mortes e foi julgado pegando cinco perpétuas, uma por cada morte.
Ele
morreu em 2008 na prisão e foi enterrado ao lado da mãe que matara.
Antes de sua morte, John alegou que matou a mãe, pois havia prometido ao
seu pai que cuidaria dela até seu fim e não a deixaria sofrer…
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